Define-se suicídio como a atitude individual, premeditada, de extinguir a própria vida por acto deliberado, podendo ser motivada entre outros factores por um elevado grau de desespero, sofrimento, depressão nervosa, considerando-se desta forma um acto deliberado e consciente, com vista a rectificar a honra, ou a sair de situações de grande desespero.
Quando o suicídio não é deliberado, torna-se difícil de identificar o motivo da morte, a nível médico que tanto pode ser suicídio propositado ou ter a origem em algum transtorno psiquiátrico como a psicose aguda (quando o indivíduo sai da realidade, porém não o percebe) ou a depressão delirante. Esses casos não são tratados como suicídio mas sim morte por transtorno mental.
Caso haja uso continuado de drogas ou de bebidas alcoólicas, deixa-se o quadro de suicida e entra-se no quadro médico. O suicida pode, ou não, deixar uma nota de suicídio escrita, podendo ser gravada ou expressa a amigos, noivas, namoradas, ou outros alvos (que podem ser ou não causadores / motivadores) dessa medida extrema.
Grande parte da sociedade tem um elevado grau de tabu acerca deste assunto, evitando maiores aprofundamentos teóricos ou acaloradas discussões.
As reacções ao suicídio variam de cultura para cultura. O acto é considerado um pecado em muitas religiões, quando insignificante, e um crime em algumas legislações, quando premeditado.
Agostinho de Hipona demonstrou uma teoria em que consta que cristãos não podem cometer suicídio já que o mandamento ‘Não matarás’ proíbe matar, mesmo sendo a nós mesmos. Por outro lado, algumas culturas vêem tal acto como uma forma honrosa de escapar a situações vergonhosas ou desesperantes.
As pessoas que cometem o suicídio, com ou sem sucesso, deixam geralmente um bilhete para explicar e justificar tal acto, o que comprova que o suicídio é, de uma maneira geral, um acto muito bem premeditado e minuciosamente planeado.
Há uma frase célebre de filósofo Albert Camus: "O suicídio é a grande questão filosófica de nosso tempo, decidir se a vida merece ou não ser vivida é responder a uma pergunta fundamental da filosofia"
Já nos povos da antiguidade existia o acto de terminar com a própria vida, muitas vezes até visto como um ritual privilegiado ou uma oferenda aos deuses que lhes abriria o caminho para a outra vida. Há também, actualmente, países onde a prática do suicídio é um acontecimento comum e até exigido pela superstição, por exemplo, na Índia, as mulheres lançam-se à fogueira onde os cadáveres dos seus esposos foram consumidos pelas chamas. Estas práticas têm vindo a ser proibidas, há até quem defenda que a tentativa de suicídio deveria ser punida por lei.
Devemos também considerar o para-suicídio, isto é, a prática de actos que simulam a vontade de morrer, são actos não fatais em que não ocorre a intervenção de outrem. Isto pode acontecer através da ingestão de uma dose excessivamente elevada de comprimidos ou da auto-flagelação, estes actos podem muitas vezes ser considerados como birras ou amuos pelos que rodeiam o indivíduo. O para-suicidio é praticado pelo indivíduo com vista a conseguir modificações imediatas com o seu comportamento ou a partir de eventuais lesões físicas consequentes.
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